Permanência e sucesso na escola, melhorias nos indicadores de saúde e na redução da pobreza e da fome evidenciam o impacto do programa, que atende 13,2 milhões de famílias. Os recursos dinamizam a economia interna e aumentam o consumo de alimentos
Brasília, 19 – A família de Simone Guedes da Silva, de Planaltina de Goiás, terá, no próximo ano, dois fortes motivos para comemorar. A filha Alexandra, de 17 anos, vai concluir o ensino médio e fazer vestibular. Aline, de 15, terminará o ensino fundamental. “Elas são o orgulho da nossa casa. São empenhadas, estudam bastante e têm força de vontade”, emociona-se a mãe, de 39 anos, que recebe R$ 140 do Bolsa Família. O marido, o pedreiro Luilson da Silva, faz “bicos” em obras e ganha cerca de R$ 400 por mês. Ela era diarista, mas, com reumatismo, precisou parar de trabalhar. “Antes do programa, era difícil comprar alimentos e material escolar para as crianças”, conta.
A trajetória dessas adolescentes dá vida ao que as estatísticas revelam: receber o Bolsa Família faz com que as crianças, principalmente as meninas, se mantenham na sala de aula e tenham percurso escolar mais exitoso. Somados às melhorias dos indicadores de saúde e de redução da pobreza e da fome, a permanência e o sucesso na escola evidenciam o impacto do Bolsa Família, que nesta quinta-feira (20) completa oito anos, com investimentos que totalizam R$ 76 bilhões nesse período.
“Além de aliviar a pobreza, o Bolsa Família, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, contribui para romper o ciclo intergeracional de reprodução da pobreza, com o aumento do acesso a direitos sociais nas áreas de educação e saúde, por meio das contrapartidas”, comenta o secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tiago Falcão.
13,2 milhões de famílias – Desde outubro de 2003, quando foi criado, o programa tem conquistado importantes resultados. Com o Bolsa Família, o índice de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos fora da escola diminui em 36% em relação às famílias não atendidas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). A evasão de adolescentes do ensino médio reduziu à metade, comparada à dos jovens que não são beneficiários.
A desnutrição infantil caiu de 12,5% para 4,8% de 2003 a 2008, entre o público com até 5 anos. Pesquisa elaborada pelas professoras Leonor Pacheco Santos e Édina Miazagi, da Universidade de Brasília, mostra que a compra de alimentos pelas famílias beneficiárias aumentou em 79%.
O programa, que atende 13,2 milhões de famílias (52 milhões de pessoas), com benefícios que variam de R$ 32 a R$ 306, alia transferência de renda à exigência de contrapartidas nas áreas de saúde e educação. Essa exigência embute a perspectiva de um futuro melhor para as famílias. A frequência escolar e a agenda de saúde significam, por exemplo, mais chances no mercado de trabalho.
Fora da extrema pobreza – Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o programa de transferência de renda foi o responsável por retirar 3 milhões de pessoas da extrema pobreza em 2009 e um dos fatores determinantes para a queda da desigualdade de rendimentos nos últimos anos no País. Estudos mostram ainda que 72% dos beneficiários adultos trabalham e que mais de 2,2 milhões de famílias saíram do programa porque melhoraram sua renda.
O investimento no Bolsa Família representa cerca de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e traz retorno financeiro, com a movimentação da economia local. De acordo com o Ipea, cada R$ 1 investido no Bolsa Família aumenta em R$ 1,44 o PIB brasileiro. Com base nessa informação, conclui-se que R$ 76,5 bilhões transferidos nos oito anos do programa se transformam em R$ 110,2 bilhões de impacto no PIB, o que incrementou a economia interna graças ao consumo das famílias.
Tiago Falcão aponta desafios para o Bolsa Família: localizar e cadastrar as famílias que atendem aos critérios para receber os benefícios, mas ainda não integram o programa; ampliar o apoio aos estados e municípios; aprimorar a articulação com os ministérios da Educação e da Saúde; aumentar o número de parcerias com programas estaduais de transferência de renda; e ampliar os canais de pagamento da Caixa Econômica Federal.
“São desafios que envolvem múltiplos atores, espalhados por todo o Brasil. Gestores municipais e estaduais, assistentes sociais, profissionais das áreas de saúde e educação, funcionários da Caixa e tantos outros a quem agradecemos por fazerem a diferença no programa”, destaca o secretário.
Roseli Garcia
(61) 3433-1106
Ascom/MDSwww.mds.gov.br/saladeimprensa
A trajetória dessas adolescentes dá vida ao que as estatísticas revelam: receber o Bolsa Família faz com que as crianças, principalmente as meninas, se mantenham na sala de aula e tenham percurso escolar mais exitoso. Somados às melhorias dos indicadores de saúde e de redução da pobreza e da fome, a permanência e o sucesso na escola evidenciam o impacto do Bolsa Família, que nesta quinta-feira (20) completa oito anos, com investimentos que totalizam R$ 76 bilhões nesse período.
“Além de aliviar a pobreza, o Bolsa Família, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, contribui para romper o ciclo intergeracional de reprodução da pobreza, com o aumento do acesso a direitos sociais nas áreas de educação e saúde, por meio das contrapartidas”, comenta o secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tiago Falcão.
13,2 milhões de famílias – Desde outubro de 2003, quando foi criado, o programa tem conquistado importantes resultados. Com o Bolsa Família, o índice de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos fora da escola diminui em 36% em relação às famílias não atendidas, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). A evasão de adolescentes do ensino médio reduziu à metade, comparada à dos jovens que não são beneficiários.
A desnutrição infantil caiu de 12,5% para 4,8% de 2003 a 2008, entre o público com até 5 anos. Pesquisa elaborada pelas professoras Leonor Pacheco Santos e Édina Miazagi, da Universidade de Brasília, mostra que a compra de alimentos pelas famílias beneficiárias aumentou em 79%.
O programa, que atende 13,2 milhões de famílias (52 milhões de pessoas), com benefícios que variam de R$ 32 a R$ 306, alia transferência de renda à exigência de contrapartidas nas áreas de saúde e educação. Essa exigência embute a perspectiva de um futuro melhor para as famílias. A frequência escolar e a agenda de saúde significam, por exemplo, mais chances no mercado de trabalho.
Fora da extrema pobreza – Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o programa de transferência de renda foi o responsável por retirar 3 milhões de pessoas da extrema pobreza em 2009 e um dos fatores determinantes para a queda da desigualdade de rendimentos nos últimos anos no País. Estudos mostram ainda que 72% dos beneficiários adultos trabalham e que mais de 2,2 milhões de famílias saíram do programa porque melhoraram sua renda.
O investimento no Bolsa Família representa cerca de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e traz retorno financeiro, com a movimentação da economia local. De acordo com o Ipea, cada R$ 1 investido no Bolsa Família aumenta em R$ 1,44 o PIB brasileiro. Com base nessa informação, conclui-se que R$ 76,5 bilhões transferidos nos oito anos do programa se transformam em R$ 110,2 bilhões de impacto no PIB, o que incrementou a economia interna graças ao consumo das famílias.
Tiago Falcão aponta desafios para o Bolsa Família: localizar e cadastrar as famílias que atendem aos critérios para receber os benefícios, mas ainda não integram o programa; ampliar o apoio aos estados e municípios; aprimorar a articulação com os ministérios da Educação e da Saúde; aumentar o número de parcerias com programas estaduais de transferência de renda; e ampliar os canais de pagamento da Caixa Econômica Federal.
“São desafios que envolvem múltiplos atores, espalhados por todo o Brasil. Gestores municipais e estaduais, assistentes sociais, profissionais das áreas de saúde e educação, funcionários da Caixa e tantos outros a quem agradecemos por fazerem a diferença no programa”, destaca o secretário.
Roseli Garcia
(61) 3433-1106
Ascom/MDSwww.mds.gov.br/saladeimprensa
UF | Famílias (outubro/2011) | Total de 2003 a outubro/2011 |
AC | 56.353 | 408.177.038,00 |
AL | 418.661 | 2.544.592.193,00 |
AM | 303.864 | 1.754.620.456,00 |
AP | 50.112 | 275.705.842,00 |
BA | 1.726.715 | 10.244.141.700,00 |
CE | 1.054.099 | 6.472.854.747,00 |
DF | 79.564 | 435.018.146,00 |
ES | 190.024 | 1.135.532.116,00 |
GO | 328.702 | 1.640.078.333,00 |
MA | 908.907 | 5.671.883.526,00 |
MG | 1.143.425 | 6.854.718.052,00 |
MS | 132.259 | 698.586.426,00 |
MT | 168.633 | 888.397.480,00 |
PA | 757.284 | 4.210.581.997,00 |
PB | 481.566 | 2.995.017.039,00 |
PE | 1.099.685 | 6.388.287.589,00 |
PI | 439.424 | 2.704.609.110,00 |
PR | 442.553 | 2.601.994.782,00 |
RJ | 718.776 | 3.392.215.918,00 |
RN | 343.673 | 2.084.861.234,00 |
RO | 110.657 | 675.722.022,00 |
RR | 45.120 | 262.987.968,00 |
RS | 446.841 | 2.697.276.680,00 |
SC | 139.902 | 847.397.937,00 |
SE | 246.184 | 1.418.003.112,00 |
SP | 1.208.966 | 6.526.707.222,00 |
TO | 129.861 | 739.726.213,00 |
Total | 13.171.810 | 76.569.694.878,00 |
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